31 de março, dia nacional da saúde e nutrição

A cerca de 2400 anos, no século V a.C. Hipócrates dizia “Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio”. E há muito tempo o ser humano compreende que a sua alimentação influencia em sua saúde, e para além de fatores biológicos, a alimentação compõe a vivência, a cultura, o psicossocial e comportamental de cada ser humano.

O ato de alimentar-se é um hábito aprendido no local em que crescemos, com a cultura e pessoas em que nos rodeiam, e embora seja cotidiano em nossas rotinas, é essencial em nossas vidas. É por meio da alimentação que estabelecemos um ciclo de trocas, com o meio físico, biológico, cultural e social, produzindo populações saudáveis ou insalubres.

Um bom estado nutricional refere-se ao equilíbrio na produção, consumo e utilização da energia e dos nutrientes de cada alimento dentro do nosso organismo, em cada ciclo da vida, de forma individual e coletiva. O desequilíbrio desses fatores para menos, levam a doenças carenciais como a desnutrição e deficiências nutricionais, como por exemplo a anemia ferropriva (deficiência de ferro), distúrbios no crescimento (deficiência de vitamina D, cálcio), já o oposto, para mais, leva ao sobrepeso, obesidade e diversas doenças crônicas não transmissíveis, como por exemplo o diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. E salvo esses fatores, temos doenças silenciosas, que afetam o contexto social e comportamental da alimentação, os chamados transtornos alimentares, como a anorexia e a bulimia.

É importante frisar que a alimentação compõe os nossos hábitos de vida e influencia diretamente em nossa saúde. Alguns hábitos, como o sedentarismo, a inatividade física, consumo de substâncias danosas, aliados a uma alimentação desequilibrada podem corresponder a uma grande parcela de doenças.

Diante disso, a alimentação se torna um pilar imprescindível para o estabelecimento da saúde, sendo definida pela a Organização Mundial de Saúde, em 1946, como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doenças ou enfermidades. A importância de uma alimentação saudável e adequada, e todos os fatores que envolvem a mesma, a torna, portanto, um direito humano primordial.

Considerando todos esses fatores, é importante olhar para a nossa alimentação e compreender, que para distante de uma atividade rotineira, a soma do que comemos e como comemos, com os nossos hábitos de vida, compõe a qualidade da nossa saúde. 

Rafaela Dias Paiva

CRN1/16697